Visita ao HGE detecta mais uma reforma destruída pela chuva na pediatria
“O descaso, a irresponsabilidade com o dinheiro destinado à saúde pública, acobertado pela propaganda enganosa produz mais uma aberração no HGE.” O desabafo foi feito pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, Jesonias da Silva, após mais uma visita ao Hospital Geral do Estado neste final de semana .
A ala da pediatria foi objeto de visita o ano passado pelos mesmos problemas de inundação, desabamento de teto causados pela chuva. Após cobrança do CES, a sesau fez uma reforma e, acompanhada pela Defensoria Pública, a Comissão de ação à saúde constatou os melhoramentos.
Mas a obra não resistiu as primeiras chuvas fortes deste ano, cujo inverno nem começou.
Outros dois representantes do Controle Social, o vice presidente Mauricio Sarmento e o conselheiro Renê Gondim, lamentaram que o governo venha gastando tanto com propaganda sobre construções de novos hospitais, deixando de lado a única unidade de urgencia e emergência da capital e que recebe centenas de pessoas todos os dias.
Na visita constatou-se que a sala de curativo da ala da pediatria foi alagada pelos vazamentos e estava sem energia. O teto desabou em duas enfermarias pediátricas. Praticamente todo o andar foi atingido pela água que espalhou-se pelo piso. Funcionários disseram que a chuva descia pelas paredes como se fosse uma cascata.
Os conselheiros visitaram também outros setores do hospital e encontraram enfermarias para adultos com mofo nas paredes , vazamento dos aparelhos de ar condicionado, área de ventilação coberta por mofo.
“Como pessoas podem ser internadas num ambiente desse? Qual a preocupação do governo com o bem estar desses pacientes? ”
Já são dezenas de visitas do CES, sem que haja uma solução definitiva ou que pelo menos minimize os problema no HGE, destacou o presidente.
Ele informou que a situação no HGE, assim como no Hemoal, será pautada na reunião do CES. Vão ser convocados as entidades que representam o controle externo, sesau, serveal, defensoria pública e outros envolvidos. ” Queremos resposta do governo, queremos solução. Queremos saber quanto já foi investido nessas reformas e como foram feitas. Chega de brincar com a saúde pública”, finalizou.