Na reunião, constatou-se que houve negligência e equívocos da equipe do hospital que desencadeou em falhas no atendimento e a consequente exposição da vítima e seu bebê a um situacão traumática e sem segurança. Após o parto, mãe e filha foram encaminhadas para o hospital referência Dr. Clodoaldo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema.

Mas o relatório final do CES só será concluído após ouvir a versão da enfermeira responsável pelo atendimento da paciente que não pode comparecer a reunião, por compromissos pessoais.

O coordenador da Comissão de Ação à Saúde, conselheiro Tony Cloves destacou que a série de erros mais uma vez, no hospital de Alagoas mostra como o sistema é falho. ” a maior vítima dessas falhas é a paciente Claudete. O que seria um belo momento para se transformou num trauma para o resto de sua vida, pois o estado não cumpre seu papel de garantir saúde pública de qualidade. Isso não pode mais acontecer” destaca ele.

O vice presidente do Conselho, Maurício Sarmento, lembrou que o cumprimento dos protocolos de atendimento nos hospitais podem evitar tragédias como essa, que felizmente não acabou em morte. Só chamar atenção do Controle Social do município, cobrou agilidade em suas ações. ” o Conselho Municipal tem de se apoderar do seu papel no município. A omissao é grave, o Conselho não deve esquecer que é co-responsável na implementação das políticas públicas”, alertou.

O conselheiro Benedito Alexandre lembrou do papel técnico do CES e da necessidade de ouvir a enfermeira responsável atendimento da paciente. ” É fundamental que possamos ouvi-la para saber exatamente onde houve as falhas para que sejam corrigidas e não vitimize mais pacientes”

A reunião com a enfermeira responsável pelo atendimento da paciente, vai ser definida para os próximos dias e o relatório da Comissão seja elaborado com o parecer do Conselho Estadual de Saúde.

Da reunião, na sede da secretaria Municipal de Saúde participaram, além do CES, o Conselho Municipal de Saúde de Olho D’Água das Flores, que reconheceu a falta de iniciativa para agir em relação ao caso, o Conselho Tutelar, funcionários do hospital da cidade que estavam no plantão no dia do atendiment e fizeram seus relatos, familiares e a vítima Claudete, a secretária municipal de saúde, Isabel Wanderley e a diretora do hospital, Geovana Wanderley já no final da reunião, por ter compromisso durante a manhã . Elas reconheceram a necesdida urgente de corrigir as falhas para evitar que fatos como esse se repitam.

Para Claudete foram momentos muito difíceis saber que sua filha estava nascendo numa cadeira de rodas no corredor do hospital. “Nunca imaginei ter minha filha numa situação dessas. Pensei que ia morrer.” O CES avalia que é inconcebível que esse tipo de situação ainda aconteça com mulheres que procuram o atendimento, o socorro com o conforto fisico e emocional que merecem.

“A Comissão de Ação à Saúde está vigilante e sempre investigando essas situações que descumprirem o que preconiza o SUS. Vamos apurar esse caso com o rigor que é necessário e faremos as recomendacoes que forem necessárias finalizou Tony Cloves.